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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2020

A ansiedade.

São quase 4h da manhã e eu sem dormir, mesmo depois de ter tomado um calmante na hora de jantar. Os dias passam umas vezes lenta outras rapidamente e a ansiedade toma conta de mim aos poucos. Só quem sofre de ansiedade percebe este mundo que, por vezes, se torna tão mas tão difícil. O medo, as indecisões, o casamento, o regresso ao trabalho, a máscara que coloco quando saio de casa, o gato que anda a miar noite fora feito louco com as gatas. Estou bem dentro da minha casa porque sei que é dos lugares mais seguros, mas o mundo lá fora é o que faz o meu coração bater acelaradamente. A incerteza do dia de amanhã, o tempo que vamos ter disto. Durmo tarde e acordo, igualmente, tarde. Já pensei colocar despertador para aproveitar o dia, mas logo depois penso que quanto mais longo for, mais custa a passar. Deixo estar assim. Cada vez me sinto com mais desalento. Se ao inicio tinha vontade de fazer tudo, agora arrasto-me completamente. O namorado está em teletrabalho. Por um lado é bom

Big Brother Zoom

Começa hoje e eu estou em pulgas ehehe Sou mesmo viciada neste tipo de programas e, por isso, estou em pulgas. Quem por aí vai acompanhar?

Que sejamos sempre livres

Que ninguém nos roube o que Abril nos deu. Que sejamos sempre livres e que possamos reconhecer sempre o valor da liberdade. Que, apesar de tudo, sejamos gratos por este país que temos a sorte de chamar de nosso. "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais"

A comida e a quarentena

Todos falamos que comemos muito, em demasia, nesta quarentena. Aqui não somos excepção. Temos comido imenso, fazemos as refeições todas, ou quase vá, e há sempre espaço para mais qualquer coisinha. Parece que o apetite cresce à medida que os dias passam. Por aqui nada de novo. Quando estava a trabalhar na loja, em dias com pouco movimento, dava-me ainda mais a fome. Ia ser excepção em casa??? Ontem fui ao lidl (quem tem feito as compras é o namorado) e gastei quase 30€ em porcarias. Basicamente. Duas delas são as da imagem. Estas bolachas com caramelo por dentro, cappuccino que há imenso tempo andava para comprar e ainda não tinha calhado, gelado de chocolate, morangos, pizzas, amendoins (não se aguentam um dia cá em casa), pão, folhados, croissants, pastéis de nata... Até para o gato trouxe guloseimas e ele delirou. Quanto ao exercício...tudo na mesma. Não fazia antes e não faço agora, sou um exemplo eu, sem dúvida :x Hoje acordei com um cappuccino, pão e croissants na cama (ont

Quarentena #3

Não há coisas interessantes para contar, mas vamos lá ver mais coisas desta quarentena. - Vivemos a Páscoa por videochamada. - Tal como algumas Paróquias sugeriram, no Domingo de Ramos fiz um crucifixo com materiais que tinha em casa (no caso fiz 3, um para mim, um para a minha mãe e um para a minha sogra que acabamos por não entregar). Utilizei apenas material que tínhamos para o casamento. - Já fiz pão, biscoitos, bolo de noz, bolo de frutos vermelhos, mousse de chocolate com óleo de coco, bolo de laranja, tarte de leite condensado. - Fiz sangria de frutos vermelhos. - comprei um livro para o meu afilhado, comprei roupa de bebé para amigas que estão grávidas, comprei um serum facial que há muito queria experimentar. - Encomendamos francesinhas para o jantar. - Chamamos cá a casa um técnico de gás porque achávamos que a botija estava com fuga. Afinal só não tínhamos mesmo gás. Aprendemos umas coisitas com o técnico ahah - Enviei uma msg à Cristina Ferreira, ao Manue

Cenas de um casamento - A despedida de solteira

Era hoje. Estava nas mãos de duas das minhas melhores amigas. Eu não sabia ao que ía. Era hoje.

Estes dias...

Passou a Páscoa. A primeira longe do colo e da mesa da família. Sem um beijinho que fosse à minha mãe, aos meus irmãos, aos meus sobrinhos. Nunca ligamos a nada enquanto as coisas são garantidas. E há um dia em que, o que tínhamos como certo, cai por água abaixo... Estes foram os piores dias da minha quarentena. Não me custa estar em casa. Afinal, casa é casa. Mas custa-me estar "longe" da minha mãe, custa-me ver a minha sogra sofrer sem compreender este vírus... Choro há três dias seguidos. Domingo tive uma crise de ansiedade como não tinha há muito tempo. Eu sei porque a tive. Chorei tudo o que tenho reprimido. Chorei o cancelamento das viagens dos meus padrinhos de casamento, chorei o casamento que tanto sonhei, chorei todas as vezes que as pessoas me dizem "nada acontece por acaso... A segunda data vai ser ainda melhor... O que conta é o vosso amor... Há coisas piores...deixa lá". Sim, chorei todas essas coisas que me dizem, maioritariamente com carinho, m

O nosso país...

Muitas vezes revoltamo-nos e apontamos o dedo. Muitas vezes temos razão. Muitas vezes não temos. Mas há uma coisa que ninguém pode apontar ao nosso país. A solidariedade. Esta pandemia, apesar de haver sempre um ou outro artista, é prova disso. Temos cumprido a coisa mais ou menos e não está a correr mal de todo (apesar de ter imenso medo da Páscoa). Mas hoje falo da solidariedade. Enquanto via as notícias foram várias as empresas que apareceram, umas com máscaras, outras com comida, outras com dinheiro... Há imensa gente a ajudar com comida e isso é tão bonito. Muitas vezes são empresas que diminuíram imenso a sua facturação, ou que passou a ser inexistente. Mas se estiverem atentos, em cada noticiário vão ver que há alguém a oferecer comida. Já diz o fado que numa casa portuguesa há sempre pão e vinho sobre a mesa. Que assim seja sempre. Obrigada a todos que continuam pelos outros.

Aos que iam casar...

Não, não vou escrever mais uma piada sobre os casamentos e o coronavirus. Não me vou lamentar sobre esta situação. Vou escrever àqueles que, tal como eu, vêem o sonho, muitas vezes de uma vida, adiado. Este era o nosso ano. Para muitos é apenas mais um casamento mas, para nós, era o NOSSO CASAMENTO. Muita gente nem sonha o trabalho e o tempo de preparação que investimos num dias destes. Para nem sequer falar do dinheiro. É tudo preparado ao mais pequeno pormenor, tudo com imenso carinho... Depois chega uma coisa invisível que se alastra pelo mundo e o deixa em stand by. Muitas vezes me senti egoísta e até fútil por chorar esta situação. Muitos dizem que se não for agora é depois. É tão mais fácil para os outros...quando me perguntam se já chorei tudo, digo que sim. E depois sonho durante a noite... Um dia sonho com as etiquetas, outro dia sonho com sei lá o quê. Mas hoje venho dizer-vos, a vocês que também têm que adiar, que sim, dói muito. Sim, esta indecisão toda é horrível.

Crepes docinhos, quem quer?

Olá beldades :) Não sei quanto a vocês, mas por aqui, a quarentena está a trazer muita fome e imensas vontades ahaha andava cheia de vontade de comer crepes, mas os meus, apesar de bons, nunca ficavam a parecer os que se comem nos cafés. Pois que procurei receitas, meti mãos à obra e cá estão os meus tão desejados crepes. Como tristezas não pagam dívidas, como agora andamos sempre a queixarmo-nos, decidi partilhar com vocês desta receita docinha :) 1 ovo 1 chávena de farinha (coloquei metade farinha de trigo e metade maizena) 1 chávena e meia de leite 3 ou 4 colheres de açúcar (a receita dizia sal qb mas não coloquei) Simples não é? Vamos adoçar este final de dia?

Fechar Março, começar Abril

Março foi um mês dificílimo para todos. Quanto mais não seja, psicologicamente. Estamos fechados em casa sem saber o que será o dia de amanhã. Pior, sem saber o que será o mês seguinte, o aniversário seguinte, o natal seguinte. Começo a sentir medo de ir à rua e isso deixa-me ansiosa. Vou muito muito pouco, obviamente, mas quando vou sinto um medo gigante. Isso é assustador. Ontem deixei o meu bolinhas que me acompanhou durante a última década, o meu primeiro carro, na oficina para abate. O meu cunhado, dono da oficina, disse que me vinha deixar a casa e eu quis vir a pé. Quis apanhar ar. Quis sentir a rua. É perto de minha casa, mas há uns tempos atrás fazer aquele caminho, para mim, era uma seca. Ontem criei um site para anunciar aos convidados do meu casamento que temos uma segunda data em mãos. Recebemos palavras bonitas de amor e carinho. Eu voltei a chorar com a incerteza. Custa-me ver a minha mãe porque tenho medo que lhe aconteça algo. Tenho medo da minha sogra também.