Passou um mês desde a última vez que vos escrevi. Tenho andado por aqui meio à deriva e meio perdida neste verão e mundo que entristeceu no meio desta pandemia. O desconfinamente foi chegando e não vou ser hipócrita, já fui à piscina, já fui ao rio, já fui a esplanadas, já estive com amigos e com família, como a maioria das pessoas. Cada dia que passa tenho mais medo e sinto-me tão exposta no meu trabalho que o medo aumenta mais a cada dia. Há dias que sinto uma tristeza gigante pelo que o mundo se tornou. Temos medo dos trabalhos quando não há vendas, temos medo dos sonhos que estão pendentes... Há dias que se aguenta, há dias que não. Como disse, eu já fui aqui e acolá, mas sempre que tenho que levar a máscara, sempre que tenho que a colocar, sempre que desinfecto as mãos (e já fui alertada por amigas que estava a exagerar) eu sinto que este mundo está bem mais triste. Nada daquilo me faz sentido, aquilo magoa-me e entristece-me mesmo (atenção que não estou a dizer que não devem
Foram mais de dois anos a sonhar este dia. Este dia 13 de que tanto gostamos e que para nós representa sorte. Foram sonhos, foram sorrisos, foram lágrimas. Foi partilha, foi dedicação, foi tudo ou mais do que o que sonhei quando era uma miúda. Tenho, graças a Deus, um amor tão bonito. Tive o privilégio de ter um pedido de casamento de sonho. Ia ter uma lua-de-mel com a qual nem nunca sonhei porque a prioridade era o casamento. Quando pensava nisto tudo, a minha cabeça e o meu coração faziam-me sentir uma miúda cheia de sorte, mesmo. Tudo era um sonho. Mas depois chegou este Covid e, como disse numa publicação nas minhas redes sociais, só algo que pára o mundo nos poderia parar. E parou. A nós e a tantos outros que sonharam com um dia assim, dedicado ao amor. Foi muito duro para mim. Psicológicamente foi um arraso. Tenho a sorte de ter um colo e um abraço que me traz à realidade, que me mostra as coisas boas da vida, mesmo quando eu só vejo as más, que me aconchegou em cada soluço