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Do dia do Pai


Não me apeteceu falar do assunto no dia. Não sei explicar porquê, talvez pela idade (minha e dele), com o tempo tem-me custado mais o afastamento que a vida nos deu. Eu cresci. Ele envelheceu. E se sempre aceitei bem a ausência, hoje em dia começo a ter alguma vontade de proximidade. No dia do Pai estive de folga e pensei "porque não ir ter com ele para lancharmos?" mas depois...depois sei lá, fico confusa e opto por não o fazer. Falei com o meu pai na passagem de ano e soube-me bem a conversa, o namorado até disse poder significar alguma mudança. Voltei a falar com ele no dia do Pai. Confesso que pelo meio ele ligou e eu nem atendi nem devolvi a chamada. Há arestas difíceis de limar, mas começo a ter vontade de mudar. Mas tenho tanto medo de me desiludir que nem consigo ir em frente.
Desculpem o desabafo de uma filha (de pai) ausente.

Comentários

  1. Compreendo muito bem o que escreves. Eu nunca escrevo nada neste dias festivos. Penso sempre que se não tenho coisas positivas para dizer, não digo nada.
    Depois também não me faz sentido escrever sobre o pai dos meus filhos. Teria tanto para dizer e nunca poderia descrever a pessoa que ele é, todos os dias. Então opto por não o fazer.
    Creio que pais, mães, mulheres, filhos, amigos, namorados, somos todos os dias e cada dia é especial quando fazemos o melhor que conseguimos todos os dias.
    Talvez por isso estas datas festivas não me digam muito. Cá em casa comemora-se a parentalidade e a paternidade todos os dias com muito afeto, atenção, carinho e mimos. O pai cá da casa é um pai maravilhoso todos os dias e a todos os momentos e o dia do pai acabo por se diluir nos outros todos.

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  2. Enfrenta o medo. Arrepender-te-ás mais de não tentar do que de tentar e não ter corrido bem!
    Força!

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  3. Mais vale arrependeres-te do que fazes do que vires a arrepender-te do que não chegaste a fazer. Beijinhos*

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