Hoje regresso, parcialmente, ao trabalho. Termino assim dois meses e oito dias em que, de um dia para o outro, o mundo se virou do avesso. Dói-me ver a minha agenda tão vazia durante tanto tempo e, quando escrita, tem a palavra "adiado quase sempre associada. Quem me lê e acompanha sabe quão duro foram estes dias. Quanta revolta. Quanta lágrima. Quanto soluço de dor. Vejo muita gente a dizer que aproveitaram, que a vida nos obrigou a parar, que isto e aquilo, tudo envolto num palavreado digno de um bonito livro. Eu hoje disse-o e volto a dizer, não consigo ver nada de positivo no que se passou. Falo por mim. Falo pelo que vivenciei. Falo pela minha experiência. Consegui, em parte, parar a cabeça no que ao trabalho diz respeito, sim. Não senti falta e aguentava, na boa, mais uns dias, mas por outro lado sinto que a minha cabeça precisa desta agitação e rotina do dia a dia. Se me apetece ter o telemóvel a tocar para resolver situações de trabalho? Zero. Se me apetece passar o ...