Avançar para o conteúdo principal

Ontem foi dia...

Imagem daqui.

...de ir ver este filme (sim, parece que já fui tarde mas os cinemas por aqui estiveram fechados e reabriram à pouco tempo). Não acho que seja um filme brutal, falta-lhe história. Mas é girinho e vê-se bem :) Familiar de emigrantes comecei o filme a dizer que ia chorar, não o fiz totalmente, mas houve momentos que me tocaram. Aquele em que a Rita Blanco fala que, ao vir para Portugal, nunca irá buscar o neto à creche, não o vai ver crescer, não estará presente. E isso, foi uma facada que me trouxe água aos olhos. Sei o que isso é, sempre o soube. E se por um lado tive sempre ausência de familiares nos meus momentos, agora sinto-me a mim a faltar a outros. Doeu os meus primos não estarem comigo na minha Benção das pastas, nunca me terem visto a fazer as "figuras tristes" de uma caloira, nem nunca me terem visto em reportagem. Mas dói, mais até, saber que não vou massajar a barriguinha do meu afilhado quando ele tiver cólicas, não vou ver os seus primeiros passos tão torcidos, não o vou poder ir buscar à creche e, provavelmente, será via skype que o ouvirei a dizer "madrinha". Sem o saber dizer, mas já com aquele sotaque abrasileirado. E essas coisas simples doem. Naquele filme, eu não consegui rever os meus, onde em casa se fala apenas Português, onde todos têm orgulho do país que os viu nascer, etc. Mas naquele filme eu senti dores que são as minhas e dos meus. Senti saudade. Saudade.

Comentários

Enviar um comentário

cof cof